O presidente Donald Trump afirmou nesta terça-feira, 4 de fevereiro, que os Estados Unidos irão assumir o controle da Faixa de Gaza, argumentando que "as mesmas pessoas" (palestinos) não deveriam ser responsáveis pela reconstrução e ocupação do território.
A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca, em Washington, ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o primeiro líder estrangeiro a ser recebido pelo republicano em seu segundo mandato.
Reação de Netanyahu e plano para Gaza
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não comentou diretamente a proposta de Trump, mas reforçou que os objetivos de Israel na Faixa de Gaza são a libertação dos reféns e a eliminação de ameaças à segurança israelense.
Mais cedo, Trump sugeriu que os palestinos que vivem no território deveriam deixar a região, uma ideia apoiada por setores da extrema-direita israelense. Segundo analistas, tal medida configuraria limpeza étnica de acordo com o direito internacional.
O presidente dos EUA disse ainda que Jordânia e Egito deveriam receber os palestinos deslocados de Gaza, cuja infraestrutura foi devastada após 15 meses de conflito entre Israel e o Hamas.
Egito e Jordânia rejeitam proposta de Trump
Tanto o Egito quanto a Jordânia rejeitaram a ideia, defendendo que os palestinos permaneçam em suas terras. A posição dos dois países foi expressa em comunicados oficiais, reafirmando o direito dos palestinos sobre o território.
“É um local em escombros. Se pudéssemos encontrar o pedaço certo de terra, ou vários pedaços de terra, e construir alguns lugares realmente bons com bastante dinheiro na região [para os palestinos], aí sim. Acho que seria muito melhor do que voltar para Gaza", declarou Trump a repórteres no Salão Oval.
A proposta gerou forte repercussão internacional e deve ser tema de discussões diplomáticas nos próximos dias.
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