Médico condenado por três acidentes de trânsito é solto com uso de tornozeleira eletrônica

O médico João Pedro da Silva Miranda Jorge, condenado por envolvimento em três acidentes de trânsito, foi liberado da prisão na tarde desta quinta-feira (17), após decisão judicial que atendeu a recurso da defesa. Ele deverá cumprir o restante da pena em liberdade monitorada por tornozeleira eletrônica e sob uma série de medidas cautelares restritivas.

A soltura ocorreu por volta das 17h. O réu estava custodiado no Centro de Triagem Anísio Lima, no Jardim Noroeste, em Campo Grande (MS). De acordo com o Sistema Eletrônico de Execução Unificado (SEEU), João Pedro foi condenado a 6 anos e 20 dias de prisão, dos quais já cumpriu aproximadamente 10% da pena.

Condições impostas pela Justiça

Apesar de liberado, o médico deverá seguir diversas restrições judiciais, entre elas:

• Comparecimento mensal em juízo

• Recolhimento domiciliar noturno (das 20h às 6h)

• Proibição de deixar a comarca sem autorização judicial

• Proibição de contato com vítimas e testemunhas

• Proibição de frequentar bares, boates e casas noturnas

• Suspensão do direito de dirigir por ao menos seis meses

• Obrigação de comunicar mudança de endereço ao juízo

O juiz também alertou que novas medidas cautelares podem ser impostas caso a conduta do réu seja considerada inadequada.

Histórico de condenações por direção perigosa

João Pedro foi condenado por três episódios distintos de infrações graves de trânsito, dois deles envolvendo vítimas:

1. Morte de Carolina Albuquerque Macedo (24 anos), em 2 de novembro de 2017 – O médico dirigia embriagado e colidiu com o veículo da vítima. Foi condenado a 2 anos e 7 meses de prisão em regime semiaberto.

2. Acidente em 8 de junho de 2023, no bairro Santa Fé – João Pedro conduzia uma caminhonete Amarok e atingiu outro carro, deixando uma mulher gravemente ferida e sem conseguir andar por 90 dias. Recebeu pena de 2 anos e 6 meses de prisão, também em regime semiaberto.

3. Flagrante de embriaguez ao volante, em 21 de janeiro de 2017 – Foi condenado a 9 meses e 10 dias de detenção por lesão corporal culposa.

Defesa não se manifestou

A reportagem procurou a defesa do médico, representada pelo advogado Benedicto Figueiredo, mas não houve retorno até o fechamento da matéria. O espaço segue aberto para futuras declarações.