A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (8) uma operação para desarticular um esquema de grilagem de terras da União, com foco na ocupação e comercialização ilegal de áreas públicas no Pantanal sul-mato-grossense. A ofensiva mobiliza cerca de 40 agentes e cumpre ao menos 11 mandados de busca e apreensão — dez em Campo Grande e um em Rio Brilhante.
Entre os endereços investigados estão condomínios de luxo, como o Terraville, localizado no Parque dos Poderes, além de prédios públicos como o da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural). A ação faz parte de um esforço para coibir a apropriação e exploração irregular de áreas de domínio da União, especialmente em zonas de proteção ambiental.
Segundo a Polícia Federal, o grupo investigado é suspeito de falsificar documentos para obter a posse ilegal de terras públicas e, em seguida, comercializá-las de forma fraudulenta, obtendo lucros a partir da valorização das áreas. Os crimes apurados incluem:
Falsidade ideológica
Grilagem de terras públicas
Associação criminosa
Crimes ambientais
A operação também investiga a possível venda disfarçada de propriedades em áreas protegidas, prática que ameaça diretamente a integridade ecológica do Pantanal, um dos biomas mais ricos do planeta.
Até o momento, não há confirmação sobre prisões ou apreensões significativas. A Polícia Federal ainda não divulgou os nomes dos investigados nem o total exato de mandados expedidos pela Justiça.
A ação integra um conjunto de medidas de enfrentamento à grilagem e ocupações ilegais no bioma pantaneiro, área estratégica para a conservação ambiental e alvo constante de especulação fundiária.
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