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Deputado Pedro Kemp afirma que apoio do PT a Riedel será rompido se governador se filiar ao PL

Reação ao movimento de aproximação com bolsonarismo reforça críticas internas e antecipa crise com base social do partido

19/05/2025 às 09h03
Por: Campo Grande Fonte: OE DA REDAÇÃO
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A possível filiação do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), ao Partido Liberal (PL) gerou forte reação entre lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT). Para o deputado estadual Pedro Kemp (PT), caso a mudança de sigla se concretize, “a decisão será unânime”: o PT romperá o apoio ao governo estadual.

Segundo Kemp, apesar de a definição ainda não ter sido oficializada, o PT já sinaliza que a entrada de Riedel no PL — partido do ex-presidente Jair Bolsonaro — inviabiliza qualquer continuidade de aliança política. A questão será discutida oficialmente após julho, quando o partido terá nova direção estadual.

“Nosso partido vai tomar uma decisão sobre a permanência ou não no governo após a renovação da direção estadual do PT”, afirmou Pedro Kemp.

Insatisfação com tratamento aos movimentos sociais

Além da possível filiação ao PL, o deputado também destacou insatisfações internas acumuladas, especialmente no que se refere à postura do governo Riedel diante de movimentos sociais, como indígenas e o MST.

“Temos críticas, principalmente com relação à forma como o governo tem tratado os movimentos sociais, que para nós é uma questão muito cara”, disse Kemp.

A tendência, segundo o parlamentar, é de rompimento imediato caso Riedel confirme filiação ao PL, não apenas por incompatibilidade ideológica, mas por resolução nacional do PT que proíbe alianças com o partido bolsonarista.

Zeca do PT vê cenários abertos

Também ouvido sobre o tema, o ex-governador e atual deputado estadual Zeca do PT considerou a possível filiação ao PL como uma das hipóteses em análise, mas ressaltou que outras opções estão em jogo, como uma possível ida de Riedel ao União Brasil ou ao PP — ambos partidos que, nacionalmente, integram a base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Outra possibilidade é que ele se junte ao União Brasil, junto com o PP. As circunstâncias que surgirem no momento da decisão ainda precisam ser avaliadas”, ponderou Zeca.

Direção estadual decidirá em julho

renovação do diretório estadual do PT, marcada para julho, será decisiva para os rumos da aliança com o governo estadual. A avaliação será baseada não apenas na filiação partidária de Riedel, mas também no posicionamento do governo frente às pautas sociais defendidas pelo partido.

A deputada estadual Gleice Jane (PT), procurada para comentar a situação, preferiu não se manifestar.

Enquanto isso, a movimentação de bastidores em Brasília aponta que Reinaldo Azambuja (PSDB) e Eduardo Riedel poderão selar a ida ao PL ainda em maio, o que colocaria em xeque a atual composição política do governo de Mato Grosso do Sul, principalmente com partidos de centro-esquerda.

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