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Trump define prazo de duas semanas para decidir se ataca o Irã

Movimentação militar dos EUA no Oriente Médio sinaliza possibilidade de ofensiva ou negociação diplomática

20/06/2025 às 09h39
Por: Campo Grande Fonte: DA ASSESSORIA
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (19) que decidirá, em até duas semanas, se os EUA irão apoiar militarmente a ofensiva de Israel contra o Irã. A declaração foi feita pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, em meio à crescente tensão no Oriente Médio.

“Com base no fato de que há uma chance substancial de negociações, que podem ou não ocorrer no futuro próximo, eu vou tomar minha decisão nas próximas duas semanas”, afirmou Trump, segundo Leavitt.

Negociação ou ofensiva militar?
De acordo com a agência Reuters, já existem contatos diretos entre o chanceler iraniano Abbas Araghchi e o negociador americano Steve Witkoff, além de articulações paralelas com representantes europeus em Genebra, na Suíça.

Apesar de manter o discurso beligerante, Trump voltou a adotar tom ambíguo. Na quarta-feira (18), ameaçou "matar o líder supremo do Irã, Ali Khamenei", mas recuou dizendo que "pode ou não pode" atacar e que costuma decidir "no último segundo".

Enquanto isso, o líder iraniano respondeu acusando os EUA de fraqueza. “O fato de os amigos americanos do regime sionista [Israel] terem entrado em cena é um sinal da fraqueza e incapacidade desse regime”, afirmou Khamenei nas redes sociais.

EUA reforçam presença militar no Oriente Médio
Os EUA já deslocaram três grupos de porta-aviões nucleares para a região:

USS Gerald Ford (Mediterrâneo)

USS Carl Vinson (próximo ao Golfo Pérsico)

USS Nimitz (a caminho, vindo do Mar do Sul da China)

Além disso, a Casa Branca enviou cerca de 30 aviões-tanque para bases na Europa, que podem servir tanto a uma eventual operação americana quanto para apoiar Israel, cuja frota de aviões de reabastecimento é limitada.

Outras bases estratégicas foram reforçadas, como a de Diego Garcia, no Oceano Índico, além das 19 bases dos EUA no Oriente Médio, sendo 8 permanentes. Estima-se que 45 mil militares americanos estejam mobilizados na região.

Alvo: programa nuclear iraniano
Fontes do governo americano indicam que, caso opte pela ofensiva, Trump deverá priorizar ataques cirúrgicos ao programa nuclear iraniano, especialmente aos bunkers subterrâneos onde o Irã mantém suas centrífugas de enriquecimento de urânio.

Para isso, os EUA consideram o uso da GBU-57, a chamada “bomba destruidora de bunkers”, que pesa 13,6 toneladas e é capaz de penetrar profundamente no subsolo. Esse tipo de ataque só pode ser realizado por bombardeiros furtivos B-2, que já estiveram posicionados na base de Diego Garcia.

Riscos e incertezas
Analistas apontam que uma intervenção militar direta pode gerar consequências catastróficas na região, especialmente porque não há um plano claro para um eventual "dia seguinte" à queda do regime iraniano.

A oposição interna ao regime de Teerã é considerada desorganizada e fragmentada, o que poderia levar o país ao caos, repetindo experiências traumáticas como Iraque, Líbia e Afeganistão.

Até mesmo Israel, que pressiona por uma ação contra o Irã, recuou do discurso de promover mudança de regime. O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu afirmou nesta quinta-feira que "esse não é um objetivo, mas pode ser uma consequência" da campanha militar.

Situação no campo de batalha
Israel mantém uma série de ataques para destruir instalações nucleares e sistemas de defesa iranianos.

O Irã responde com mísseis balísticos, especialmente contra alvos israelenses.

Aviões da Presidência do Irã foram rastreados deixando Teerã rumo a Omã, que atua como mediador informal nas conversas.

O impasse gira em torno da exigência americana de que o Irã interrompa totalmente o enriquecimento de urânio, algo que Teerã recusa, alegando fins pacíficos — apesar de possuir opções alternativas, como a compra de combustível da Rússia.

O que dizem os órgãos internacionais?
A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) divulgou relatório afirmando que o Irã está em total violação dos compromissos de transparência nuclear. Isso fortaleceu o discurso de Israel e dos EUA, que alegam que Teerã pode fabricar até 15 bombas nucleares em poucas semanas.

O porta-voz do Irã, Esmaeil Baghaei, respondeu acusando a AIEA de ser “cúmplice de uma guerra injusta”, citando uma declaração de Rafael Grossi, diretor da agência, que admitiu à CNN não ter evidências conclusivas sobre a construção de uma bomba iraniana. "Tarde demais, Sr. Grossi", rebateu Baghaei.

Próximos passos:
Prazo final para decisão de Trump: duas semanas;

Possibilidade real de ofensiva americana ou retomada das negociações via Europa e Omã;

Crescimento da tensão regional com risco de escalada global, caso haja ataque direto ao Irã.

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